quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Amor em ruínas – A secretária

 
Continuação: 

A manhã estava mais sem graça do que nunca. Marilynn acordou depois de um sono que parecia ter durado somente duas horas, apenas para ver que estava sozinha na cama. Ela queria que as coisas fossem diferentes naquela manhã, especialmente depois de algumas tentativas durante a noite de tocar o corpo quente de Carl. Ela estava relutante em levantar, mas depois de lembrar de todas as coisas que tinha que fazer naquela sexta-feira de manhã, levantou-se imediatamente, tomou uma ducha rápida, e se preparou para um dia atarefado que teria pela frente.

“Posso falar com o Sr. Stafford, por favor?” Marilynn ligou para o escritório dele por volta das duas horas da tarde. Ela não estava feliz com o fato dele ter ido trabalhar mais cedo naquele dia e nem se preocupar em ligar para saber como ela estava. “Desculpe, é a Dona Stafford que está falando, não é?” Anna Peterman, a nova secretária de Carl perguntou gentilmente. “Sim, eu acredito que nós não nos conhecemos, certo?” Marilynn tentou parecer interessada. “Eu sei, Mary Johnson falou tanto sobre você que espero que nós possamos nos encontrar um dia!”

Marilynn estava apavorada agora. Mary era a antiga secretária de Carl, a qual tinha sido promovida a outro departamento do hospital. Ela e Mary nunca se deram bem. Mary era uma mulher muito eficiente, que tinha tudo sob controle, dos afazeres domésticos ao trabalho. Marilynn de alguma forma se sentia diminuída por essa mulher, a qual falava constantemente sobre suas realizações pessoais, e, além disso, ela fazia comentários muito bons sobre Carl, os quais não eram muito apropriados. Ela começou a evitar ir ao hospital por causa de Mary, mas, mesmo assim, toda vez que ela ligava para Carl, Mary dava-lhe uma razão diferente do porquê ele não poderia atendê-la naquele momento.

Carl graduou-se como um dos melhores em sua classe, mas depois de centenas de ofertas de emprego em hospitais muito bons na cidade, ele decidiu trabalhar em gestão hospitalar, o que não exigia que ele trabalhasse longas horas. “Foi bom falar com você, eu vou passar a chamada, aguarde um momento, por favor,” e com isso, ela demorou o que parecia ter sido 10 minutos ou algo assim. Marilynn estava começando a se arrepender de tomar o primeiro passo na direção de Carl, mas já era tarde demais, sua voz apareceu do outro lado da linha.

“Sim, como estão as coisas?” Ele parecia ocupado e isso a desanimou logo de cara. “Estou ligando apenas para saber como você está… você nem sequer disse adeus esta manhã...” Marilynn tentou fazer uma voz de ‘vítima’. “Bem, eu não quis acordá-la, além disso, tive um encontro pessoal de manhã, por isso precisei sair cedo. Você já fez compras?” Carl tentou o melhor que pode evitar tocar no assunto sobre a discussão da noite passada. Ele sabia que era melhor deixar de lado algumas questões.

“Não, decidi deixar Lizzy dormir mais um pouco esta manhã e na hora que ela acordou, eu já tinha começado a limpeza, dessa forma… Eu provavelmente vou fazer compras mais tarde.”

“Certo, então me avisa se você precisar de alguma coisa, eu provavelmente vou chegar em casa um pouco mais tarde do que o habitual hoje, espero que não se importe.” Ele a estava testando e prestes a descobrir que isso a afetava. “Não tem problema, eu vou estar ocupada de qualquer maneira. Vejo você mais tarde então.” Ela desligou o telefone com um certo alívio, Marilynn planejava usar esse tempo investigando o seu passado depois das compras. Ela iria navegar na internet e procurar pelas primeiras pistas hoje, custe o que custar.

Enquanto isso, Carl tinha um forte pressentimento dentro de seu coração. Ele sabia que algo estava errado, já vinha percebendo isso há algum tempo, mas o que poderia ser? Ele se perguntava. Ele havia dado a ela mais do que muitos maridos haviam dado às suas esposas e, no entanto, Lynn não parecia apreciar isso o suficiente. Ele começou a se arrepender da vinda de seus pais… será que eles iriam perceber que seu casamento estava desmoronando? Martha Stafford, a mãe dele, com certeza iria notar. Esta mulher observava as coisas com tanta precisão, ele estava perdido! “Talvez seja a hora de deixar isso para trás e fazer com que às coisas voltem ao normal entre Lynn e eu”, pensou ele, “mas, novamente, é tarde demais. Lynn provavelmente, vai ficar louca de eu tê-la feito trabalhar tanto, para depois apenas desistir de tê-los por perto”.

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